quinta-feira, 2 de agosto de 2007

O que esperar da eleição presidencial 2006

23 de julho de 2006

O Brasil é um país neoliberal. E o que é o neoliberalismo? Há alternativas ao capitalismo? Ainda se pode sonhar com soberania sem quebrar o país ou sofrer embargos?

Após a segunda guerra mundial, criou-se nos países capitalistas o “estado de bem-estar social” que protegia o cidadão do “berço ao túmulo”. A partir daí, muitas empresas públicas foram criadas. Esse sistema entrou em colapso na década de 70, devido a uma crescente inflação. O Estado estava muito pesado. Margareth Tatcher e Ronald Reagan, então, passaram a reduzir a participação do estado, basicamente na economia e serviços públicos, gerando então o neoliberalismo.

No Brasil, o neoliberalismo se acirrou a partir do governo Collor, em 1990. Atualmente, o neoliberalismo no país é constituído de altos impostos, que teriam como objetivo serviços públicos universalistas que, entretanto, são ineficientes (muitos variam de acordo com a renda), salários muito baixos (pensões, aposentadorias) e desemprego em massa.

O que pode fazer, então, aquele que for eleito em outubro? Para tomar outro caminho não se pode opor-se a tudo o que o capitalismo criou. Por exemplo, é necessário investir em tecnologia, inclusive preparando a massa trabalhadora para lidar com ela e, se necessário, financiar cursos no exterior com o objetivo de atualização e criação tecnológica. A ecologia é um dos temas atuais mais sedentos de políticas públicas (não só nacionais, mas, também, globais). As micro, pequena e médias empresas são as que geram mais empregos e arrecadação de impostos e devem ser incentivadas. Melhorar o serviços públicos gratuitos (saúde, segurança, educação, habitação, nutrição), fiscalizar com mais rigor os serviços públicos concedidos, semi-privados, etc., fortalecer as agências reguladoras, incentivar a participação da sociedade civil nas decisões, promover uma auditoria da dívida externa, que se torne geradora de mais recursos para a economia nacional.

Enfim, é hora de criar uma identidade de condução no Estado brasileiro, de forma que haja uma reação aos efeitos do neoliberalismo, já que ele é hegemônico e estruturalmente não se apresentam alternativas viáveis e/ou planejadas no momento.

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